sexta-feira, 13 de março de 2009

Assasino






Um dos erros mais perigosos de nosso tempo é a crença de que os seres humanos são animais unicamente violentos, escassamente contidos de cometer atrocidades uns aos outros pelas restrições da ética, da religião e do estado.
Pode parecer estranho a alguns contrariar isto dado o fluxo aparentemente incessante de relatos de atrocidades da Bósnia, Somália, Líbano e Los Angeles que nós recebemos diariamente. Mas, na realidade, um pequeno estudo de etologia animal (e alguma aplicação de métodos etológicos no comportamento humano) basta para mostrar à mente imparcial que os seres humanos não são animais especialmente violentos.

Desmond Morris, em seu fascinante livro “Manwatching” por exemplo, mostra que o estilo de luta instintivo dos seres humanos parece estar aperfeiçoado com muito cuidado para nos impedir de ferirmos uns aos outros. Filmes de brigas de rua mostram que a luta "instintiva" consiste em grande parte de empurrões e socos na área da cabeça/ombros/tórax.

É notavelmente difícil ferir seriamente um ser humano deste modo; as áreas-alvo preferidas são principalmente osso, e o estilo instintivo de ataque desenvolve pouca força em comparação com o esforço despendido. É esclarecedor comparar este comportamento desajeitado ao golpe focado em tecidos macios de um artista marcial que (tendo aprendido a anular seu instinto) pode matar facilmente com um só golpe.

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